Um das mais importantes companhias de
dança norteamericanas, pioneira da dança acrobática,
Pilobulos Dance Theatre – uma das companhias de dança moderna mais importantes da atualidade – chega a Curitiba para uma única apresentação hoje, sexta-feira, dia 5, no Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº). Na ocasião será apresentado um programa que reúne cinco de suas principais coreografias, criadas em épocas diferentes da trajetória da companhia (a mais antiga data de 1973 e a mais nova é de 2008), numa produção da Dell´Arte Soluções Culturais, com patrocínio da Bradesco Seguros e Previdência.
Fundada por Moses Pendleton (também criador do Momix) e Jonatham Wolken há 38 anos, o Pilobolus Dance Theatre é considerado o primeiro grupo moderno a juntar à dança técnicas de força física, improvisação cênica, além de efeitos visuais e de luz. Apresentando ao público coreografias abstratas e originais, a companhia desde o início procurou romper com os padrões tradicionais da dança. Em 2007 tiveram uma de suas maiores consagrações: foram convidados para se apresentar na cerimônia do Oscar, vista por mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, apresentando os filmes indicados ao prêmio principal.
Bailarinos que são também acrobatas ou vice-versa – corpos que se fundem a outros ou a materiais inusitados criando formas surpreendentes – tudo isso é uma marca da dança contemporânea, explorada por diversas companhias. Entre todas elas, ninguém o faz de forma tão original ou inovadora quanto o Pilobolus Dance Theatre, até porque, a companhia norteamericana, criada há 38 anos, foi a pioneira no estilo, a grande responsável por uma revolução no cenário da dança moderna. “Pilobolus Dance Theatre é uma nova forma de dança pop. Uma forma para a qual, tão longe quanto vai a popularidade, o céu pode ser o limite.”, declarou a crítica do jornal The New York Times.
O diretor artístico do grupo, Michael Tracy conta que a companhia esteve pela primeira vez no Brasil no fim dos anos 70 e desde então já voltou umas 10 vezes. “Nessa turnê, estruturamos um show que abarca uma ampla gama de peças. Trabalhos que fizemos no início da nossa carreira até os mais recentes. Acredito que metade do que apresentaremos em Curitiba é inédito para o público”, informou.
“Assim, alguns números terão a companhia inteira sobre o palco e em outros dois ou três componentes. Será o mais variado possível, desde as performances mais abstratas até as coreografias mais físicas e energéticas. Nossa vontade de sermos criativos é o que faz com que tenhamos prazer de oferecer coisas novas e mesclar. São apresentações únicas. Tenho certeza que as pessoas não assistirão a nada parecido”, conclui.
Tracy lembra que a companhia já tem quase 40 anos de estrada. “Acho que somos a companhia de dança que mais excursiona no mundo, fazemos uma média de 40 semanas de apresentações por ano. Isso é muito. O nosso começo foi com a intenção de não repetir fórmulas e seguir presos aos cânones do balé ou da dança moderna. Estudávamos também outras formas de arte, como a música e o teatro tanto quanto a dança. O mesmo acontecia com psicologia e filosofia. Então nos desprendemos das rédeas da dança. A nossa origem já parte de estruturas diversificadas”, comenta o diretor da Pilobulos que hoje é considerada a grande responsável por uma revolução no cenário da dança moderna.
Serviço:
Pilobulos Dance Theatre – Apresentação da companhia de dança norte-americana. Única apresentação, dia 5 de junho, sexta-feira, às 21 horas, no Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº). Os ingressos custam R$120 (platéia), R$100 (1º balcão) e R$70 (2º balcão). 10% de desconto para Clube do Assinante Gazeta do Povo e Cartão Fidelidade Teatro Guaíra na compra de um ingresso, válido apenas para o titular. Os descontos não são cumulativos. O ponto de venda é a bilheteria do Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº). Informações: 41 3304 7900 e 41 3304 7982. Não serão aceitos cheques. O espetáculo tem assinatura de Verinha Walflor. Classificação: livre.
Programa (sujeito a alterações)
LANTERNA MAGICA (2008). Coreografia: Michael Tracy em colaboração com Andrew Herro, Jeffrey Huang, Jun Kuribayashi, Jenny Mendez, Manelich Minniefee, Edwin Olvera, Annika Sheaff. Apresentada por: Matt Del Rosario, Andrew Herro, Jeffrey Huang, Jenny Mendez, Annika Sheaff, Christopher Whitney . Música: Tycho, Jami Sieber, Transcontinental Saxophone Quartet, Stephan Micus, Sigur Ros. Figurinos: Liz Prince. Iluminação: Neil Peter Jampolis.
PSEUDOPODIA (1973) Coreografia: Jonathan Wolken. Apresentada por: Jun Kuribayashi ou Matt Del Rosario. Música: Moses Pendleton, Jonathan Wolken. Figurino: Malcolm McCormick. Iluminação: Neil Peter Jampolis.
RUSHES (2007) Coreografia: Inbal Pinto, Avshalom Pollak e Robby Barnett, baseda em material original desenvolvido por Talia Beck, Otis Cook, Josie M Coyoc, Matt Kent, Renée Jaworski e Andreas Merk, e criado com a colaborção de Andy Herro, Jeffrey Huang, Renée Jaworski, Jun Kuribayashi, Jenny Mendez, Manelich Minniefee, Edwin Olvera, e Annika Sheaff. Apresentada por: Matt Del Rosario, Andrew Herro, Jeffrey Huang, Jun Kuribayashi, Jenny Mendez, Annika Sheaff e Christopher Whitney. Música: Eddie Sauter, Miles Davis, John Blow, Dukes of Dixieland, Arvo Part. Figurinos: Avshalom Pollak, Inbal Pinto. Iluminação: Yoann Tivoli. Desenho animado: Peter Sluszka.
Intervalo
SYMBIOSIS (2001) Coreografia: Michael Tracy com a colaboração de Otis Cook e Renée Jaworski. Apresentada por: Jenny Mendez e Jeffrey Huang. Música: Morango…almost A Tango de Thomas Oboe Lee foi escrita para o executada pelo Kronos Quartet, que a executa, e integra a gravação da Nonesuch White Man Sleeps. God Music de “Black Angels” de George Crumb – utilizada através de acordo com o detentor dos direitos de publicação e edição, C.F. Peters Corporation – e Fratres de Arvo Pårt foi executada pelo Kronos Quartet e integra a gravação da Nonesuch lançada em 1985-1995. Long-Ge de Jack Body foi escrita para o Kronos Quartet, que a executa, e integra a gravação Early Music. Figurinos: Angelina Avallone . Iluminação: Stephen Strawbridge
MEGAWATT (2004)
Coreografia: Jonathan Wolken com a colaborção de Mark Fucik, Andrew Herro, Renée Jaworski, Matt Kent, Jennifer Macavinta, Manelich Minniefee e Matthew Thornton. Apresentada por: Matt Del Rosario, Andrew Herro, Jun Kuribayashi, Jenny Mendez, Annika Sheaff e Christopher Whitney. Música: Primus, Radiohead e Squarepusher. Figurinos: Liz Prince. Iluminação: Neil Peter Jampolis.
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Uma resposta a Pilobulos no Guairão