O porco? Pois foi-se. Três furos no peito e, pra fechar a comanda, uma paulada na moleira. O primeiro golpe, olhou incrédulo: Ai! Nem deu tempo de perceber, já o segundo. Covarde! Cuspi-lhe na cara: Arre, suíno! A terceira vez, enfiei até o cabo e girei 180 graus. Como se faz para sangrar um animal. Logo em seguida, na cacetada, vomitou tão forte que borrifou a parede de sangue. E ficou no chão, ali, estendido. Nem estrebuchar estrebuchou. Braguilha aberta, o sexo exposto – molinho, murchinho. Logo ele, que se achava a última bolacha do pacote: Sente a verga! – ordenava. Deixei estendido por dois dias. O todo-poderoso. O senhor dos anéis. Porco até no nome. Inchado, pronto para o rolete. Em posição fetal, agora uma criança indefesa. Tive vontade de pedir: Não conta pra ninguém, é segredinho nosso. Até que começou a feder. Então, na calada da noite, acompanhada apenas da lua, fui ao jardim dos fundos da casa. Apaguei as estrelas, pra ninguém ver, abri uma vala e empurrei o traste. Depois cobri de sementinhas.
Dr. Leitão. Ainda hoje deve estar se perguntando que perfume é esse, o que é essa emanação, esse aroma inefável, que exala das rosas e orquídeas – lírios, begônias, dálias.
Almir Feijó.