Um Cão Bacãono

Era uma vaz, uma voz, uma vez, numa terra ingrata, a Ingraterra, distante do longinqüo, lá afãstada de qualquer proximidade, muito além de montes de montanhas, do mar e de outros assimdentes, um poco mais drá lá di ondi a diaba perdeu as batas, 39 pessoas que ali viviam pazcatamente.

Mente ou não mente? Quando e sempre que vinha e xegava a é pouca, muito pouca, da colheita, essa miltidão festejava com festas baca paca. Pereira (Pereira era o prefeito, Pereira era perfeito, prefeira era pereito) fazia sempre um festáço baca paca, pacanáço!

E todu anu monstrava sempre uma nuvidade, quase sempre molher noa. Mas desta vez, lá no dinstanti que falhei, Pereira ultra-ultrapassou sipróprio e apresentou um Cão peão de Luta Livre. Mas quem é que ia lutar com esse cão-chorro? Eu? Nunca?

*John Lennon|Transcriação de Millôr Fernandes

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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