O sonambulismo é uma doença que preocupa.
Mas não chega a tirar o sono.

Além da degeneração física, a progeria aflige
sobretudo a expressão “a vida é curta”.

Antigamente, pensava-se que a rinite atacava

os rins. Até que a medicina percebeu
o erro etimológico.

De todas as ditas doenças mentais,
a cleptomania certamente é a mais lucrativa.

A ciência procura incansavelmente
a cura para todos os males.
No caso do priapismo, bem que podia

descansar.
Surpreendentemente,
a piorréia não inflama as piorras.

Mudaram o nome da azia para refluxo.
Agora, além do fogaréu na garganta,
se padece de eufemismo na língua.

Músicos percussionistas preferem sofrer
de taquicardia que de disritmia.
As maiores vítimas da flatulência não são
os próprios flatulentos.
São os usuários de elevadores.

A hipocondria causa dependência

química de diagnósticos.

Dipsomaníacos são pacientes:
chegam a esperar de 12 a 18 anos
pelo envelhecimento do remédio.

Recordar é viver.
Enquanto o Mal de Alzheimer não vem.

Etc.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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