Elas

Foto de Celso Tavares.

Clara Averbuck Gomes (Porto Alegre, 26 de maio de 1979) é uma escritora brasileira. O H do nome surgiu quando cursava o primeiro ano do segundo grau, por uma brincadeira entre colegas.
Clarah Averbuck, como ficou conhecida, sempre odiou a escola. Parou de estudar no segundo grau, tentou o supletivo mais tarde, desistindo em seguida. Retomou o supletivo apenas porque quis entrar na faculdade. Tentou estudar Letras e Jornalismo na PUC-RS, mas não passou de um semestre em ambos os cursos.
Começou sua trajetória literária publicando os seus textos na Internet. Em junho de 1998 escreveu pela primeira vez para a Não-til, a revista digital da Casa de Cinema de Porto Alegre. Um ano depois, se tornou uma das colunistas do CardosOnline, que durou até 2001 e revelou escritores como Daniel Galera e Daniel Pellizzari.
Em julho de 2001 mudou-se para São Paulo, onde começou a escrever sua primeira novela, Máquina de pinball, publicada no ano seguinte. Em setembro de 2001 criou o blog “brazileira!preta”, que chegou a ter mais de 1800 acessos diários. Em maio de 2006, voltou a manter um blog, desta vez chamado Adiós Lounge.
A partir de então, publicou mais dois livros: Das coisas esquecidas atrás da estante, em 2003, e Vida de gato, em 2004.
A obra da escritora pode ser considerada literatura de consumo com influência da subcultura pop, em ícones como John Fante, Charles Bukowski, Paulo Leminski, Pedro Juan Gutiérrez, Hunter S. Thompson, João Antônio, Lucía Etxebarria, H.L. Mencken, Fiona Apple, Nina Simone, Rolling Stones, Tom Waits e Strokes. Faz sentido ter tanta música envolvida; Clarah é filha do músico Hique Gomez da dupla Tangos & Tragédias e também canta. Teve várias bandas, entre elas Jazzie & Os Vendidos, com a qual chegou a fazer turnê por diversos estados do Brasil.
A popularidade de seus escritos chamou a atenção de diretores importantes do teatro e do cinema. Máquina de Pinball ganhou adaptação para o teatro, roteirizado por Antônio Abujamra e Alan Castelo, em 2003. Este e seus outros dois livros também inspiraram o diretor cinematográfico Murilo Salles que, com a ajuda das roteiristas Elena Soárez e Melanie Dimantas mais a própria Clarah Averbuck, produziu o filme Nome Próprio, em 2006, com Leandra Leal no papel principal.
Atualmente tem três livros em andamento, Toureando o Diabo (romance), Eu Quero Ser Eu (novela infanto-juvenil), Cidade Grande no Escuro (crônicas); e acaba de lançar o livro-LP de tiragem limitada Nossa Senhora da Pequena Morte (que antes se chamava “Delírio de Ruína”, e era parceria com a estilista Rita Wainer) em parceria com artista gráfica Eva Uviedo, pela Editora do Bispo, casa paulistana especializada em publicações fora dos padrões convencionais. O livro, que reproduz páginas escritas à mão ou datilografadas, vem dentro de capas clássicas de velhos e bons long-plays (LPs), com direito a vinis de rock, blues, jazz, clássicos e até raríssimos vinis mexicanos.

Obras
Vida de Gato, Editora Planeta, 2004;
Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante,
editora 7Letras, 2003;
Máquina de Pinball, Editora Conrad, 2002.
Nossa Senhora da Pequena Morte, Editora do
Bispo, 2008

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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