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CD-R para ouvir parado no trânsito de São Paulo.

Psychotic Reaction – The Count Five
Essa tocava na
Sex de Vivienne Westwood.
É da primeira era de bandas psicodélicas de garagem.
Nuggets 1972.

First Cut Is The Deepest – PP Arnold
Música de Cat Stevens! Essa é a versão definitiva.

The Bottle – Gil Scott-Heron & Brian Jackson
Clássico de 1974, sobre álcool, do disco Winter In America.


Black Winds – Little John & The Monks
Single raríssimo. Soul music do norte do
Reino Unido.

Alone Again Or – Love
” (…) Você sabe, eu poderia me apaixonar por quase
qualquer pessoa”.

The Kiss – Judee Sill
Jeff Tweedy
do Wilco diz que essa é a gravação mais
bonita que existe. Heart Food. Prepare-se para alguns
minutos melancólicos.

I`m Gonna Love That Guy Like He`s Never Been Loved

Before – Marion Hutton. Para a menina assobiar
se maquiando no espelho.

If You Loved Me All – Julian Cope
Peggy Suicide é música de auto-mutilação.

Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me – Low
Single raro dessa banda slowcore de meninos mormons.

Love Love Love – The Mountain Goats
Algumas coisas você vai fazer por dinheiro e outras por amor,
mas as coisas que você fizer por amor voltarão uma a uma.

Single – The Pony Club
Essa música rara será esquecida nessa coletânea.

Você sempre se lembrará (estava chovendo) e tentará
achar esse disco.

Seven Days Too Long – Dexys Midnight Runners
Gênio Kevin Rowland, Searching For The Young

Soul Rebels

Feelin’ – The La’ s
Se deixassem, Lee Mavers estaria regravando

esse disco perfeito até hoje. Como não deixaram,
ele nunca mais fez outro.

If You Go Away – Scott Walker

A voz de Scott Walker cantando Jacques Brel
ecoando em todos os viadutos.

Golden Phone – Micachu & The Shapes
Através do vidro, a cosmopolita Rua Augusta.
Spooky – Dusty Springfield
Groovy.
Duas meninas de braços dados

atravessam a rua.

Fim de Festa – Itamar Assumpção
Meu amor por você chegou ao fim. É tudo o que

tenho a dizer. Também não precisa sair assim.
Espere o dia amanhecer.”

Feeling Good – Nina Simone
A mais cinematográfica da nossa coletânea. Música do
brilhante Anthony Newley diversas vezes regravada.
Nunca como nesta versão. Uma ironia com
a paisagem.

So Little Time – Diana Doors
A Marylin Monroe britânica gravou muito pouco.

Ouvir isso em vinil é incrível, mas no carro é demais
também.

The Way Young Lovers Do – Van Morrisson

Astral Weeks. De onde vem essa voz voz até você?

Ghost Town – The Specials
Dub pesado para cruzar as ruas escuras da cidade.

I Get Ideas – Tony Martin
Versão do tango Adios, Muchachos. Você está no carro,

mas bem que podia estar colocando uma moeda numa
Jukebox Wurlitzer 1015 Bubbler.

CD-R para ouvir à noite no Arpoador.
After The Lights Go Down Low – Al Hibbler

ou Freda Payne. Aqui pode ser qualquer uma das
duas versões. A que você encontrar antes. Ou melhor,
as duas.

Gray Lagoons ou Beauty Queen – Roxy Music
Brian Eno e Bryan Ferry juntos inventaram quase tudo.

Esse é um grandes discos da história.

The Devil And The Deep Blue Sea – Blossom Dearie
Sons da década de 50 invadem seus ouvidos. Give

Him The Ohh-La-La.

Spinach Song – Julia Lee & Her Boyfriends
Essa é pra enrolar um cigarro e queimar na areia.

Song To The Siren – Tim Buckley
Do belo disco Starsailor. Pai de peixinho, peixe é.

Dream A Little Dream Of Me – Cass Elliot
“Night breezes seems to whisper I love you”

A Place Called Home – P J Harvey
Nasci em Ipanema. Depois, morei no começo da última

década aqui. Da minha janela, toda noite, uma plataforma
marítima se movia enquanto eu esperava essa música
na TV. Vermelhos, verdes, azuis e pratas invadiam
o quarto escuro.

Camille (From Le Mepris) – Georges Delerue
Brigitte Bardot
no mar azul de
Capri.

Vento No Litoral – Legião Urbana
“Se o vento ainda está forte e vai ser bom subir

nas pedras”

The Certain Female – Charlie Feathers
Fiquei entre Dick Dale, é claro, e esse clássico

do rockabilly country.

Yesterdays – Clifford Brown With Strings
Morreu em um acidente de carro aos 25 anos numa
das maiores tragédias da história do jazz. Ouvir essa
olhando as ondas arrebentarem nas rochas é um
prazer indescritível.

I’ m not in Love – Fun Lovin’ Criminals.
O chamado
Guilty Pleasure. Prazer culpado. Mas essa versão
é irresistível.

Istambul (Not Constantinople) – Joe Fingers Carr

Essa é bem humorada. Diretamente do azul
do Bósforo.

Surfboard – Tom Jobim
Uma das primeiras músicas que ouvi na minha

vida. Nos pés do meu pai.

She’ s a New Kind Of Old Fashioned Girl –

Jack Smith. Essa vem de longe com a maré é de 1929.
E é linda.

Sun Is Shining – Bob Marley e Finley Quaye
Esse garoto, um dia, fez essa versão bonita

do clássico de Bob Marley.

Nem Eu – Ary Barroso e Dorival Caymmi
Última faixa do disco de 1958.

I’m Just a Girl – Hortense Ellis
Direto do Studio One, mais de oito minutos de

dub music com essa voz incrível.

Spring Can Really Hang You Up The Most –

Mark Murphy. Esse disco é raro. Achei numa loja
pequena na Berwicke trouxe até aqui.

O Doce da Vida – Lobão

Doce pérola.

Care of Cell ou Time Of The Season – The Zombies
Ouvir Odyssey and Oracle, com ressaca, nesse canto

de praia.

Surf’ s Up – The Beach Boys
O lado sombrio de Good Vibrations. Eu tenho um desses

assinado por Brian Wilson embaixo do meu travesseiro.
Uma nuvem sobre o sol.

Felipe Hirsch (O Globo)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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