Prezada MarTaçuPliçi

Cumpanheira, as coisa aqui na China é bem diferente aí do Brasil. Aqui não tem baiano, não tem pernambucano, não tem carioca, não tem goiano. Não tem italiano, nem africano, nem zoropeu.

Nem índio tem aqui. É uma loucura, parece uma tinturaria gigante, só tem chinês. Eu aqui estou cometendo muitas “garfield”, como se diz em italiano, aqueles errinho de dipromacia que sem querer a gente se acomete, principalmente, nas hora de reconhecer as pessoa. As pessoa chinesa é tudo muito parecida uns conzotro. Eu acho que as fotografia três por quatro aqui, pros documento, é vendida nos supermercado em saquinho de seis ou meia dúzia, nos tamanho pequeno, médium e pai de santo.

Outra coisa aqui que não me vai é as comida. As pessoa come muita coisa que não é de comer, como gafanhoto por exemplo. Tem gente que mata a cobra e come a cobra também. Felizmente, ninguém ainda me mostrou nada de mau.As língua que as pessoa fala aqui também é muito difícil e até agora a Marisa e eu não trocamo uma palavra. A gente não aprendeu o chinês, não sabe inglês e quase esqueceu o portuguêis.

Mas tá dando pra ser virar, porque a gente faz muito sinal cas mão e as pessoa faz tudo o que a gente qué. É incrível, mas aqui todo mundo me trata como seu fosse o presidente do Brasil. Credite, cumpanheira Marta. As parte escrita aqui não usa as letra que nem nóis tem o ABC, o analfabeto completo que vai de A a V. Eles desenha uns rabiscos bonito, mas eles chama de “um grama”.

Todo fala que cada palavra é de um grama. Acho que pra escrever “um quilo” a gente faz mil desenho de um grama e aí dá tudo certo. Pelo menos os número aqui é que nem em português, é tudo pelo sistema desce mal. Apesar dos pesar, eu tô achando tudo muito interessante e tô aprendendo muitas coisa. Eu já sei, por exemplo, como os chinês dá nome pros filho que nasce. Eles vão no alto da escada cum uma latinha vazia.

Aí eles chuta a lata e conforme as latinha vai caindo nos degrais eles vão pondo o nome na criança: plim….pim… pom… lim…pem…tong… Agora, eu deixo aqui os meus abraço a todos os que não foram com a gente pra cá e também para os que ficaram por aí. E pra quem pensa que é só no Brasil que tem jeitinho já vou avisando: aqui na China, quando alguém quer conseguir uma boquinha, todo mundo dá um jeito de mexe os pauzinho também!

Assim que eu voltar aí pros cone sul, eu te aviso. (desculpa, mas eu nem liguei meu celular porque eu não sei falar Chinês). Abraços, do Lula CÁ.Ah! Amanhã os cara qué me levá pra ver As Muralha, mas eu já vi essa minisérie no Brasil. (da internet)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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