Luar do Sertão – Foto de Maringas Maciel
A exposição “João Turin Vida, Obra, Arte”, que ficou oito meses em cartaz no Museu Oscar Niemeyer (MON), consagrou-se como a exposição mais visitada da história do MON. Encerrada no dia 22 de fevereiro, a mostra foi vista por 266 mil pessoas, que conferiram de perto o legado deixado pelo artista paranaense João Turin (1878-1949).
O preciosismo com os detalhes da exposição – como a sonorização ambiente e a iluminação cenográfica, além da reprodução da fachada da Casa Paranista e da parte interna do ateliê onde Turin viveu até sua morte aliado à curadoria do crítico de arte José Roberto Teixeira Leite, contribuíram para que ela entrasse para a história do museu e ficasse guardada na memória dos paranaenses.
Para Teixeira Leite, o resultado da exposição fez jus à contribuição de Turin à arte brasileira. “Foi um das mais importantes exposições realizadas em 2014, tendo servido para colocar, de uma vez por todas, no mapa de melhor escultura brasileira um grande artista a quem até então não se tinha feito a devida justiça. Não tenho dúvidas que o sucesso da exposição em Curitiba se repetirá por diversas capitais brasileiras”, comenta.
Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON, diz ser de extrema importância para o museu valorizar um artista paranaense. “O número de pessoas que visitaram a exposição revela a qualidade de um artista como João Turin”.
A diretora cultural do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini, analisa que é uma grande responsabilidade o MON expor um artista tão importante como João Turin. “A exposição, além de ressaltar a trajetória e obra do artista, apresentou Turin a um grande público, sendo assim uma mostra que obteve muito êxito, tanto na produção artística como na receptividade dos visitantes”, afirma.
Itinerância
A partir de agora, a exposição itinerante toma outros rumos, disposta a percorrer outras cidades no Brasil ou no exterior para levar ao mundo a trajetória de vida de Turin que se aventurou por diversas áreas artísticas mostrando o seu talento. Mas foi mesmo com suas onças, tigres e outros felinos que se afirmou como um dos maiores escultores animalistas do século XX. Para Samuel Ferrari Lago, do Ateliê João Turin e responsável pela compra do acervo que possibilitou o resgate da obra do artista, há muito trabalho pela frente. “Já estamos em contato com outros museus que demonstraram interesse em realizar a exposição e estamos abertos a novas propostas. Nosso objetivo é difundir a obra de Turin com toda a grandeza que ela merece” afirma Lago.
O próximo museu a receber a exposição é a Pinacoteca de São Paulo, que tem previsão de inaugurá-la ainda este ano.