Sérgio Rubens Sossélla – 1942|2003 – autor de muitos títulos, publicados desde 1962 e que incluem crítica, poesia, prosa de ficção e jurisprudência, sempre lançados por pequenas editoras do Paraná ou mesmo em edições do autor. Como todos os meninos da sua geração, ia muito ao cinema, para ver os filmes e para trocar gibi na porta. Dessa época lhe vem a certeza de que muitas vezes “os grandes momentos concentram-se num apagado coadjuvante encarna a coragem dos covardes, a força dos fracos, a revolta dos oprimidos, a consciência dos injustiçados”.
Juiz de Direito, após a aposentadoria, dedicou-se a organismos culturais. Faleceu em Assis Chateaubriand, onde viveu durante muitos anos. Setor de Editoração da Fundação Cultural de Curitiba, 1981. Capa e ilustração de Guinski. Quem procurar, acha. Para ele, fiz o poema abaixo.
sine die
tudo o que
minha poesia disser
poderá ser usado
contra mim
preces
invenções
cantilenas
tudo que eu comece
epístolas
teoremas
o que a palavra quer
é ficar gastando
o latim