Consumidor ludibriado

Lula-e-Dilma-em-Brasília-Santana

© Mônica Moura

Francamente, o marqueteiro João Santana devia ser processado com base nos direitos do consumidor. Procon nele. Aqui no Brasil o que ele fez infringe até o Conar, uma espécie de órgão regulador criado pelos próprios publicitários para controlar um pouco suas mentiras. Eleger a Dilma Rousseff é muito pior do que apelar em propaganda de molho de macarrão ou de cerveja. Conar também no João Santana.

Mas ele aprontou também mundo afora. O marqueteiro do Lula e da Dilma faturou muito fazendo propaganda para empurrar produtos fraudulentos goela abaixo do eleitorado latino-americano. Ajudou a reeleger Hugo Chávez, na Venezuela, e depois fez o mesmo com Nicolás Maduro. Fez a campanha e articulação da primeira vitória de Danilo Medina, na República Dominicana, este mesmo que ele trabalhava para reeleger agora, quando teve a prisão decretada.

Na África, ele fez a campanha de José Eduardo Santos, ditador de Angola que depois da independência do país subiu ao poder à frente de um movimento ligado ao comunismo cubano. Está no poder há 30 anos e neste período tornou milionarios os que o cercam (sua filha é uma da mulheres mais ricas do mundo) e manteve os angolanos na mesma miséria dos tempos do colonialismo português.

E como eu disse no início, o marqueteiro que por corrupção vai pro xilindró elegeu também Lula e Dilma. O sujeito é um caso grave de atentado aos direitos do consumidor. E ainda falando em propaganda, fala sério: você compraria um político usado do João Santana?

José Pires|BrasilLimpeza

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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