Hail Caesar, de Joel e Ethan Coen (2016). Todo grande Cineasta tem em sua filmografia algum filme para homenagear a indústria que lhes trouxe fama e poder: Truffaut, David Mamet, Irmãos Taviani, Scorsese. Agora os irmãos Coen dão o seu olhar para os produtores, os astros, roteiristas e tecnicos de Hollywood e as loucuras e psicopatias existentes nesse mercado do entretenimento. Ambientado nos anos 50, no auge da rivalidade com a Rússia, o filme brinca com todos os gêneros: faroeste, musical, drama, suspense e claro, a comédia maluca. O super mega elenco, capitaneado por um genial Josh Brolin, interpretando um produtor de cinema que procura resolver os problemas de todos os seus filmes. Astros que dão ataque, diretores estrelas, etc. George Clooney interpreta o maior astro do estúdio, que durante uma filmagem sobre um filme que fala sobre a vida de Cristo, é sequestrado por figurantes, que na verdade servem ao braço comunista da indústria. Scarlett Johanson, Ralph Fiennes, Tilda Swinton, Johan Hill, Frances Macdormand, Channing Tatum e muitos outros brilham em suas cenas impagáveis. Mas a grande surpresa é Alden Enreinreich, no papel de um ator que só interpreta Cowboys e que é escalado para interpretar um drama. Suas cenas são antológicas. A fotografia de Roger Deakins é extraordinária, dando o tom do technicolor das produções da época. Um filme genial, que fará a glória de cinéfilos.
Hsu Chien é cineasta, vive no Rio. Mantém o blog Diário de um Cinéfilo. Para conhecer o trabalho de Hsu Chien no cinema e na TV, acesse seu perfil no IMDb.