Vazam dados secretos de submarino francês comprado pelo Brasil

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Primeiro submarino Scorpène entregue à Marinha indiana, em abril de 2016. ©  Reuters/Shailesh Andrade

O construtor naval francês DCNS entrou com uma ação na Justiça para acusar de abuso de confiança, recebimento de dados e cumplicidade um homem suspeito de vazar milhares de informações técnicas confidenciais sobre o submarino Scorpène, de um tipo semelhante ao que foi vendido ao Brasil. O informante, que divulgou os dados que foram publicados pela imprensa australiana, não teve o nome divulgado.

A ação será examina pela procuradoria, que decidirá se vai abrir uma investigação preliminar, confiar as investigações a juízes de instrução ou arquivá-la. A divulgação de 22.400 páginas, que o jornal The Australian afirma ter consultado, detalham as capacidades de combate do Scorpène concebido para a marinha indiana, comprado igualmente pela Malásia e o Chile. O Brasil deve passar a utilizar submarinos desde tipo a partir de 2018, conforme contrato firmado durante o governo Lula.

O vazamento preocupa também a Austrália, que fechou em abril um contrato com o grupo DCNS, para conceber e fabricar sua próxima geração de submarinos, batizada Barracuda.

Dados sensíveis

Os documentos vazados descrevem as sondas dos submarinos, seus sistemas de comunicação e de navegação, e 500 páginas são destinadas ao sistema de lança-torpedos, precisou The Australian. Segundo o jornal, o DCNS teria sugerido que o vazamento pode ter se originado na Índia, e não na França.

Os dados teriam sido retirados da França em 2011 por um ex-oficial da Marinha francesa que, na época, era empreiteiro do DCNS. Os documentos poderiam ter passado por empresas do sudeste asiático antes de serem enviados a uma empresa na Austrália, acrescenta o jornal.

O site do DCNS afirma que o Scorpène está equipado com a tecnologia mais avançada, convertendo-o no mais letal dos submarinos de tipo convencional. AFP

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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