O parque aquático da Olimpíada, no Rio, está abandonado, sem competições. Fácil de entender, o Rio não tem dinheiro nem para pagar salários, que dirá manutenção de espaço público. Mas o parque tem sua utilidade: as competições de doenças, como a dengue, que nasce, cresce e frutifica em águas paradas.
Marcela Temer é criadora de ministros na presidência do marido. Fez um, Alexandre Moraes, para a Justiça, e agora para o STF. Pode fazer mais um, Gustavo Rocha, também para a Justiça, no lugar de Moraes: o subchefe da Casa Civil que conseguiu como advogado a liminar contra os jornais que noticiavam o hacking em seu celular, o lance dos supostos nudes. Sem querer, ela faz ministros. O motivo, um; os ministros, dois: moraes. Perdão, morais. Ou não.
Gleisi Hoffmann soltou o berro estridente no Senado. Calada há tempo, mandou ver na crítica à suspensão do Atletiba. Senso de oportunidade, senso de oportunismo, soubesse antes estaria em campo no Caldeirão do Diabo, calção furacão, camiseta rubro-negra, ou vice-versa.
O ex-governador Sérgio Cabral é denunciado pelo MPF por 148 acusações de lavagem de dinheiro. Uma coisa é lavar, outra coisa é montar lavanderia. Cabral montou uma rede.
Nada de “suruba seletiva”, diz Romero Jucá (PMDB/RR), um dos quatro senadores de nosso apocalipse. Suruba seletiva, na elevada linguagem de Jucá, significa que ou todos os perdem o foro privilegiado ou nenhum perde. Ou seja, a suruba tem que ser para todos, não para alguns. Ele deve saber na prática o que seja suruba. A gente, que conhece de teoria, só quer saber do senador se a suruba boa é a seletiva ou a geral.
A opinião pública brasileira está que nem bebê na barriga da mãe: de vez em quando dá uns chutes. O filho do ministro Raul Jungmann, da Defesa, foi nomeado assessor de Gilberto Kassab, ministro da Ciência e Tecnologia. No dia seguinte, notícia na imprensa, acabou desnomeado, nem chegou a tomar posse. O pai mandou Bruno Jungmann cair fora. “Não havia irregularidade”, saiu em nota do ministério da Defesa, mas sua família estaria sob “exposição desnecessária”. Rogério Distéfano