Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-ministro Gilberto Carvalho declara que Lula “nunca quis ser rico”. Coisa de católico, que julga pelas intenções, não pelas ações. Queria saber se o beato Gilberto sugeriu a Lula que confessasse os pecados e pedisse absolvição. Basta uma conversinha com seu colega, aquele que atende pelo nome de Deus.
João Dória, prefeito de S. Paulo, teve a habilitação suspensa devido à acumulação de infrações no trânsito. Explica que perdeu o prazo para indicar o nome dos motoristas que dirigiam seus automóveis – e que causaram os pontos, uma vez que a multa sai em nome do proprietário. Coisa de político, que nunca tem culpa de nada ou não sabe de nada.
O TSE não cassou a chapa de Michel Temer, mas trouxe um efeito benéfico para o Brasil: o PSDB mantém seus ministros no governo. Ou seja, cai a máscara do PSDB, agora não mais um PMDB fingindo ser honesto.
Uma gracinha o PT de dona Gleisi na nota sobre a agressão de militantes à jornalista Miriam Leitão: foi culpa da imprensa em geral e da Globo em particular, que acirraram a opinião pública contra o partido. Nem Michel Temer, nem Dilma, que brigam todo dia com a inteligência, conseguem produzir um raciocínio tão tosco, tão infantil.
Dona Gleisi lembra a criança que quando bate o narizinho na porta abre o berreiro e chama a mamãe para dar um tapinha na bundinha da porta. Mais uma prova de que PT entrou em paranoia: quem não está com ele está contra ele. Não aceita críticas, só elogios, por viver na crença do monopólio das boas intenções.
No TSE foi 4×3, no STF deu 3×2, sendo mantida a prisão de Andréia Neves, irmã de Aécio. Gilmar Mendes ainda não deu opinião para os jornais. Mas não demora.
Gilmar Mendes chama a atenção da colega Carmén Lúcia, presidente do STF: ela tem o dever de meter a boca no mundo para defender o tribunal e seus ministros atacados. Gilmar nada disse sobre o dever de defender o cumprimento pelo Senado da suspensão do mandato de Aécio Neves. O ministro-palmatória-do-mundo é bem seletivo nos bolos que aplica.
Beto Richa na reunião dos tucanos para decidir a permanência no governo Temer: “É difícil deixar de apoiar um presidente com base no ‘possivelmente’”. Por aqui o advérbio para o governador já chegou ao ‘seguramente’.
A boca torta do cachimbo. Nem Carmén Lúcia, a presidente do STF e do CNJ, escapa. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, ela causou mal-estar ao nomear diretora-geral do CNH a mulher de juiz auxiliar de seu gabinete. Pode ser fofoca brasiliense. Mas pelo nome da funcionária até tem coisa de cabala, ocultismo. Confiram os agás no nome da moça: Julhiana Melloh. Procuro um bruxo para explicar essa mania brasileira com agá no registro.