A Polícia Federal prendeu na noite de domingo (2) Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio de Janeiro. Ele foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim pela força-tarefa da Lava Jato ao tentar embarcar para Lisboa, Portugal.
O empresário já estava na área de embarque e foi levado para a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio, após passar pelo Instituto Médico Legal (IML) na madrugada desta segunda-feira (3). Ele não quis falar com a TV Globo na saída do local.
O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, com base em investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A força-tarefa encontrou indícios de que o empresário pagou milhões de reais em propina para políticos do Rio.
A PF estava monitorando o empresário e antecipou a prisão, que aconteceria nos próximos dias. Ela foi informada que Jacob embarcaria para Portugal com passagem só de ida. Em nota, a defesa de Barata nega a informação e diz que a passagem de volta estava comprada.
“O empresário Jacob Barata Filho estava com passagem de volta de Portugal marcada para 12 de julho, ao contrário do que foi veiculado na imprensa. Ele estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais. A defesa do empresário irá se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo.”
Jacob Barata, pai do empresário preso, atua no ramo dos transportes de ônibus no Rio de Janeiro há várias décadas. Ele é conhecido como “Rei do Ônibus” e é fundador do Grupo Guanabara, do qual Jacob Barata Filho também é um dos gestores.
Várias empresas do conglomerado atuam no transporte de passageiros no Rio, e os negócios da família também se estendem para outras cidades e estados e meios de transporte. G1