Mônica Bergamo – Folha de São Paulo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aparece em delações premiadas —mas está livre de disparos atômicos tanto da JBS quanto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) caso venha a assumir a Presidência da República no lugar de Michel Temer.
DE VISTA
Maia aparece na delação da JBS como beneficiário de R$ 100 mil para campanhas eleitorais. Mas Joesley Batista mal o conhece e dificilmente acrescentaria informações bombásticas sobre o parlamentar em novos depoimentos à Justiça.
DE RASPÃO
Já Cunha também citou Maia nas conversas em que tenta fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Mas nada que abale a República, segundo pessoa familiarizada com as tratativas.
EM CHEIO
A delação da Odebrecht, portanto, segue sendo a mais delicada para Maia: ele teria recebido R$ 1 milhão em três anos eleitorais e é investigado sob a suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
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