Na Copa com Descartes

A Croácia jogou melhor, teve mais posse de bola, finalizou mais a gol, encurralou a França em sua (dela, França) área. Mas a França venceu por 4×2 e levou a taça (que nem tem nome depois da Jules Rimet que o Brasil trouxe e foi roubada para fundir e retirar o ouro).

Como explicar? Simples, a objetividade, característica do pensamento e ação francesas desde que Descartes escreveu o ‘Discurso sobre o método’, quase metade do século XVII. A França jogou com método, a Croácia com entusiasmo.

A Croácia jogou como se fosse a guerra dos Balcãs, a França jogou já experimentada pela Revolução Francesa, a volta de Napoleão, a restauração de Bourbons e Orleans, o império de Luis Bonaparte, a Comuna de Paris, a ocupação alemã, governo de Vichy, II Guerra Mundial.

A França, velha prostituta, viveu tudo, sabe tudo e o que precisa fazer. Como o presidente Emanuel Macron, que como Napoleão casou com mulher bem mais velha para ajudar no exercício do poder. Poucos sabem que Descartes descobriu o Método dormindo, ele adorava ficar na cama.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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