No seu jeito Mazzaropi de ser, o apresentador Ratinho fez a festa em sua Jandaia do Sul natal neste final de semana: quer que a cidade dê pelo menos 70% dos seus votos para o filho Carlos Ratinho, candidato ao governo. E na mesma toada, deverá andar pelo estado ao lado do filho, como sempre fez em campanhas anteriores.
Fica difícil calcular quantos votos o simpático Ratinho Pai arrebanha para as urnas em nome do filho. Mas já lhe deu popularidade além da conta.
O recém-chegado candidato do MDB, João Arruda, quase não fala sobre o papel que o tiozão Requião tem na campanha. E nem é preciso. O DNA está ali, no gestual, na fala articulada e – por que não? – nos olhos azuis e na estampa.
Mas depois da pesquisa Ibope/RPC Roberto Requião, com 40% das intenções de votos dos paranaenses, passou a se sentir o verdadeiro macaco da bola azul na disputa para o Senado. Obviamente, vai tentar estender boa parte dos próprios votos para sobrinho, isso se não ficar com inveja e amuar. Já aconteceu outras vezes com outros candidatos do MDB velho de guerra.
Já dona Cida Borghetti ganhou de presente do marido, o deputado federal Ricardo Barros, tudo o que tem hoje: desde o governo do Estado até a candidatura recheada de partidos aliados, prefeitos-apoiadores e recursos vultosos do fundo partidário do Progressistas. Tudo muito bem articulado por ele.
Com tudo isso, a governadora-candidata não há de lhe cobrar, também, transferência de votos, até porque Ricardo Barros nunca foi campeão nessa área. Ficou pelas beiradas, mas já está na quinta disputa, e é isso o que importa.
O que quer dizer tudo isso? Que sem apoio de um familiar, seja ele pai, tio ou marido, minha gente, a disputa política no Paraná é mais difícil do que carpir café. E só carpindo café, ninguém chega lá.