Lucky ilustra a jornada espiritual de um ateu com 90 anos e as personagens peculiares que habitam na sua cidade desértica, no meio do nada. Tendo sobrevivido aos seus contemporâneos, o tempestuoso e independente Lucky encontra-se no precipício da vida, enveredando numa jornada de auto-exploração, em direção ao que costuma ser inatingível: a iluminação. 89m|EUA|direção de John Carroll Lynch.
Harry Dean Stanton foi embora em setembro de 2017. Sua interpretação de um pai amnésico no filme “Paris, Texas”, com roteiro de Sam Shepard e trilha sonora de Ry Cooder, deu a Wim Wenders a Palma de Ouro no festival de cinema de Cannes em 1984. Stanton desempenhou, quase sempre, papéis secundários, em êxitos como “O Padrinho – Parte II” (1974) e “Do Fundo do coração” (1984) de Francis Ford Coppola, “Alien, o oitavo passageiro” (1979) de Ridley Scott, “Fuga de Nova Iorque” (1981) de John Carpenter, “A Última Tentação de Cristo” (1988) de Martin Scorsese, ou “À Espera de um Milagre” (1999) de Frank Darabont. Lucky, vale a pena ver de novo.