Um nome é um nome, é um nome, é um nome, como a rosa de Gertrude Stein. Explique ao cara que faz mofa de Voldisnei Kuchuminsk, garboso em sua placa profissional ali na região do Paraná Imprevidência. Tem gente que se orgulha, “porta bem” o nome, como o gabiru da Ilha de Marajó que atendia por ‘Charles de Gaulle da Silva’.
Brava gente, perpetua a tradição. Um invejoso jura que Voldisnei batizou de Estanlei seu primogênito. Devoção a Stan Lee? A Stanley Kubrick, talvez? Quem sou eu para falar? Não fosse a mãe, os filhos atenderiam por Marciano Antonino e Francisco Xavier. Filhas? Cândida da Imaculada Conceição e Maria Auxiliadora de Fátima.
Um nome é um nome, nada além. O nome não dota o portador dos atributos, virtudes e defeitos da inspiração. Seria a tragédia de Marciano e Auxiliadora. Mas há os que acreditam nas virtudes – e nos defeitos, para eles virtudes – do nome. Muito além do que pretenderam os pais. Um exemplo: Jair Messias.
Melhor – ou pior – Jair Messias Bolsonaro. Nem pai nem mãe queriam para o filho aquilo de Via Dolorosa, beber vinagre, levar estocada de centurião, morrer pregado na cruz. Nem mesmo com a recompensa da adoração ou da salvação dos homens. Fosse humilde pescador ou cabo do Exército, estaria de bom tamanho.
Acontece que Jair acreditou ser o Messias. E, como o outro, convenceu 40 milhões de carentes a acreditar que era o Messias. Carrega alguns sinais disso, o carisma, a estocada na costela. Só faltava a Jair Messias converter os judeus. Para isso, partiu à Terra Santa. Sabe nada, o inocente, foi brincar com o povo de Israel.
prometeu salvar Israel da sanha palestina. Convincente, trouxe para sua entronização o chefe dos fariseus, Binyamin Netanyahu. Duas luas depois segue em procissão para Jerusalém, prometida sede de sua igreja – assegurando ao fariseu que “juntos alcançaríamos grandes feitos”.
Prático, o fariseu queria a santa sé bolsoignara em Jerusalém, mas o Messias a manteve em Tel Aviv. Em Jerusalém será instalada a lojinha dos fuzis de brinquedo. Foi o Messias do diz e desdiz reconhecer direitos aos palestinos. A peregrinação, prevista para três dias, O novo Messiasdurou dois. O Messias, deficiente nas parábolas, ofendeu judeus e palestinos.
Não se brinca com judeu, “racinha teimosa”, disse a professora dos judeus de Curitiba. Teimoso, o fariseu cortou um dia da peregrinação do Messias. Israel não mais podia garantir a segurança do Messias. Se Jesus fosse como este Messias, em vez da cruz morreria vendendo peixe de Jerusalém. Na terra da jabuticaba os brasileiros carregam sua cruz: o Messias Bolsonaro.