No paraíso dos agrotóxicos proibidos

O Brasil é o campeão mundial no uso de agrotóxicos, desde 2008, revezando com os EUA.

A União Europeia proíbe o uso de 40% dos agrotóxicos recém liberados no Brasil pelo atual governo federal, uma liberação recordista, neste primeiro semestre de 2019.

A cada dois dias e meio uma pessoa morre no Brasil intoxicada por agrotóxicos. Vinte e cinco mil pessoas se intoxicaram no Brasil nos últimos anos com agrotóxicos, sendo que 20% são crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos. Até agora são 239 e num só dia de junho foram 42 liberações.

Em 2018 foram 450 novos agrotóxicos aprovados. Dos 42 recentemente aprovados, 33% são classificados em nível 1 – extremamente tóxico para a saúde humana, cuja classificação é de 1 a 4, e o nível 4 é pouco tóxico. (Fonte: Profa. Dra. Larisse Mies Bombardi. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qxfmrdUoQZA)

E os consumidores como ficam neste mar de agrotóxicos? E a saúde ambiental, a contaminação dos solos e dos rios? E as pessoas? Com a liberação indiscriminada de produtos pela ANVISA, estamos transformando o solo brasileiro num repositório de agrotóxicos proibidos. Com isto comprometemos os mananciais, a fauna, a flora e as pessoas que consomem os alimentos, que não tem nenhuma ideia de quantos produtos foram utilizados para a produção daqueles alimentos que consomem.

Estas informações de agrotóxicos deveriam constar nos alimentos e nos produtos que são ofertados aos brasileiros, dentro e fora do país. Apesar desta previsão do direito à informação aos consumidores, há um enorme silêncio e uma omissão sobre o assunto. Em resumo, agrotóxicos altamente tóxicos e proibidos nos países civilizados, estão sendo liberados e comercializados no Brasil.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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