MAURÍCIO MACRI, presidente da Argentina, em debate no qual atribui os problemas da economia de seu país ao governo anterior, de Cristina Kirchner. Macri pode perder a eleição – e talvez a mulher. A frase machista pode tirar-lhe centenas de milhares de votos. Esse clichê de mulher gastadora é injusto. A menos que se fale da famosa “amante argentina” do tempo de nossos avós.
Aqui no Insulto temos o grupo de apoio, Gastadores Compulsivos’, gente casada, amigada ou em união estável. Todos com cartões de crédito confiscados pelas mulheres. Vai do Fatiotinha ao Pintacuda. Do primeiro, penduricalho de grifes, a mulher, frugal e oriental, vendeu metade do guarda roupa no brechó. O outro, em espiral de gastança, acumulava seis automóveis parados; despesa sem prazer.
A mulher do Pintacuda foi a inspiradora do grupo: na primeira intervenção em três dias vendeu os carros e saneou as finanças. O grupo reúne-se uma vez ao mês para beber cerveja e comparar extratos bancários. Quem tiver mais dinheiro sobrando não paga a sua conta. Como vivem da mesada que a mulher entrega, o que recebe menos ganha o prêmio Papagaio de Coleira. Ah, sim, o dinheiro da cerveja é entregue, contadinho, pelas mulheres.