ESSE MINISTRO, o Guedes, caiu do céu. Não por acaso recebeu o apelido de posto ipiranga do presidente da República. Em 130 anos de república ninguém sacou que tem municípios demais no Brasil, que funcionários públicos não devem ter estabilidade e aqueles que são militantes de partidos políticos menos ainda.

Ministros e mais ministros, presidentes que se sucedem, todos se proclamando salvadores da pátria, e nada se resolve, a crise diminui, aumenta, mas nunca desaparece. Agora, com as reformas propostas pelo ministro Paulo Guedes, o Brasil encontra o fim do túnel, afasta-se do precipício do qual há séculos está a um passo.

O que aconteceu? Simples, um milagre, como os da Bíblia. A solução veio pelas mãos do Messias, o verdadeiro messias, não o auto intitulado e enjaulado, o presidiário messias. Nosso Messias tem mais pressa que o da Bíblia, sem prazo para surgir para os judeus nem para ressurgir para os cristãos.

Nosso Messias chegou segundos antes do juízo final. Só tem um probleminha, merrequinha, em que o Messias, Jair Messias, e seu apóstolo Paulo, o Guedes, não igualam o messias dos cristãos: a multiplicação dos pães e dos peixes. O messias e o apóstolo multiplicam para os empanturrados e diminuem para os que têm fome.

Tem mais aquele pequeno detalhe, de que os justos herdarão a terra. Na terra de Messias, o Jair, e de Paulo, o Guedes, os injustos herdam as terras – devolutas, indígenas, públicas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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