No Rio, Flowers se ajoelhava, olhava para cima, fechava os olhos, subia o mais alto que podia em cima das caixas e do piano, e cantava forte e entregue à sua música como se estivesse em um culto.
Apesar disso, nenhuma palavra sobre religião. Foi um show de hits, na apresentação que certamente contou com a maior comunhão entre fãs e banda do evento, com coro de quatro mil vozes durante as conhecidas When you were young e
Mr. Brightside.Hoje, em Curitiba, a banda deve dividir as atenções com outras duas atrações que também foram só elogios na capital fluminense: os garotos-sensação Arctic Monkeys e a extravagante cantora islandesa Björk.
Björk esteve sublime no Rio, promovendo uma catarse na parte final de seu show, levando o público a transformar a apresentação em uma pista de dança.
Já os Monkeys – que não são muito de falar durante o show – tiveram as músicas cantadas em uníssono pela platéia e, gostando ou não da banda, não há como negar a vibração e entrega na apresentação.
Sobrou o papel de ilustre desconhecido para o Hot Chip, banda que mistura batidas eletrônicas com vocal e que vai abrir o festival em Curitiba, a partir das 19h. Pelo que se viu no Rio, vale a pena chegar mais cedo para conferir a apresentação.
ImprevistosApesar de performances memoráveis, o Tim no Rio também deixou sua cota de incômodos que esperamos não se repitam hoje, em Curitiba. Na sexta-feira, no palco de Björk e Arctic Monkeys, o calor sufocante irritou a platéia, já que o ar-condicionado demorou para funcionar. No sábado, a demora para o início das atrações, principalmente as eletrônicas, chegou a abusivas três horas.
Ingressos
Quem ainda não comprou ingresso poderá comprar hoje. Bilheterias na
Pedreira Paulo Leminski abertas a partir das 10h.Serviço: Tim Festival Pedreira Paulo Leminski. R$ 60,00. Abertura dos portões: 15h. Hot Chip 19h. Björk 20h30. Arctic Monkeys 22h30. The Killers 23h45. Início dos shows: 19h.
O Estado do Paraná (31/10/2007)