Os cigarros eletrônicos

Nos EUA foram 118 hospitalizações em 50 estados, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças daquele país. Problemas respiratórios chegam a 2409 – e até agora foram registradas 52 mortes relacionadas aos cigarros eletrônicos.

Em Nova York foram banidos por três meses os que são vendidos com sabores. Há também acidentes com explosões das baterias destes dispositivos.

Essa é a nova onda que está no Brasil, paga fortunas por espaços publicitários, e tenta amealhar boa parte dos fumantes que estão tentando ficar longe do vício assassino do tabaco, alvo de todo tipo de campanha e leis por aqui, mas que continua dominando.

Não se tem notícia de nenhum movimento para tentar brecar a nova máquina de gerar doenças. Por quê?

A indústria milionária do tabagismo no Brasil deixou um legado de milhões de mortos e sequelados.

Os fumantes passivos são outra cifra oculta neste cenário devastador.

Isso tudo, sem qualquer responsabilização dos fabricantes por parte do Judiciário brasileiro, diferente dos países onde a Justiça funciona, que condenam as indústrias em pesadas indenizações a favor dos consumidores.

A ideia de que cada um é responsável pelos seus vícios é um engodo pois todos arcam com a previdência pública que atende as vítimas do tabagismo.

Responsabilizar os fabricantes seria o mínimo que o Direito poderia fazer, mas isto no Brasil, está longe de se tornar uma realidade.

Além de tudo isto, não são divulgadas amplamente as consequências que essas drogas e seus dispositivos eletrônicos causam aos usuários.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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