O PRESIDENTE enche-se de direitos e furores quando o STF chega perto do gabinete do ódio, criado pelo filho 02, instalado no Planalto e financiado por nossos impostos. Abraham Weintraub, ministro da Educação, compara a ação do STF contras o gabinete do ódio a uma suposta perseguição a seus avós, judeus alemães, noite dos cristais, quando o nazismo fechou lojas de comerciantes judeus na Alemanha.
A falta de imaginação da armada bolsoignara é tocante. Mas é eficiente, pois funciona junto aos convertidos, e o presidente governa para os convertidos. Ele não é um missionário em busca de conversões; é um cruzado que vem para dizimar os infiéis, um fundamentalista islâmico que decepa cabeças de xiitas. O bolsonarismo opera no princípio de que sua intolerância exige tolerância e aceitação passiva.
Se o STF funciona como uma Gestapo contra o gabinete do ódio, a que se compara o gabinete do ódio? Compara-se ao lado ideológico do nazismo, aquele liderado por Joseph Goebbels na propaganda e pelo doutor Alfred Rosenberg, na educação. Rosenberg, apesar do nome judeu, foi o comissário para a educação e a ideologia do partido nazista – o equivalente a Abraham Weintraub, nosso ministro da educação.
Analisar bolsonaros, bolsoignaros e bolsonazis é gasto inútil de fosfato. São primários, perigosos e devem ser contidos. Se possível, com o rigor que a democracia exige, devidamente extirpados, antes que extirpem a democracia, como desejam. O bolsonarismo é a versão daqueles manuais americanos que explicam o difícil para os simples: Nazism for dummies. Nazismo para idiotas.