A safra de demagogos das eleições de 2020 tem um terço de candidatas mulheres e 2/3 candidatos homens. Mais da metade é casado, quase quarenta por cento são solteiros e o restante separados, divorciados e viúvos e na pista. Em média são quatro candidatos para prefeito, candidatos a vereador passam de meio milhão.
O partido com mais candidatos é o PMDB, sempre ele, com 8,11% por centos dos candidatos, sete partidos têm menos de 1% de candidatos. Os motivos de cassação ou indeferimento são reduzidos, por exemplo a ficha limpa tirou nove candidatos, o abuso de poder dois, como se vê, todos são ilibadíssimos. A idade predominante dos candidatos é entre 40 a 44 anos, as idades menos de 1% estão entre de 80 a 84 e com 18 anos.
Quase quarenta por cento dos candidatos tem o ensino médio completo, 24% tem nível superior, 12% fundamental incompleto. Quanto a profissão dos candidatos: 21% estão enquadrados em “outros”, entre cinco e seis por cento estão: os agricultores, servidores públicos municipais, empresários e comerciantes. Quatro por cento são vereadores, seguidos das donas de casa.
As corporações militares e policiais representadas por cabos, sargentos, capitães e assemelhados são mais de três mil e quinhentos candidatos, inspirados pelo discurso bolsonarista? Religiosos? Oito mil e setecentos pastores, pastoras, bispos, bispas e assemelhados. Avança o estado teocrático?
Enquanto isto a pandemia caminha para quase 150 mil mortos, a moeda mais desvalorizada no mundo é o real, o Brasil urdi e arde em chamas, 10 milhões passando fome e 40 milhões sem emprego. E daí? Candidatos? Todos são os defensores da moral e dos bons costumes, os senhores da probidade pública, vão enfrentar um orçamento reduzido e a recessão econômica num período ainda em pandemia.
Querem o poder? Prestígio, subsídios, cargos em comissão e, essencialmente, serem reeleitos nas próximas eleições de 2024?
Fontes:
http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais