O mistério continua no ar – II

Angelo Guiseppe Roncalli sempre foi uma das figuras mais respeitadas da Igreja Católica. Mesmo ante de tornar-se o Papa João XXIII e comandar o Vaticano de 1958 e 1963. Em seu curto pontificado, marcado pela simplicidade, destacou-se pelo trabalho em favor da paz mundial e pela adequação da igreja aos tempos modernos. Hoje canonizado, foi, certamente, o mais popular, querido e admirado pontífice antes do atual Francisco. O que pouca gente sabe, porém, é do encontro de João XXIII com uma nave alienígena e com um ser extraterrestre.

A revelação foi feita pelo secretário e assistente papal, bispo Loris Cappolvilla, em declaração à imprensa em 2005. Cappolvilla, já então com 90 anos de idade e considerando já haver passado mais de 40 anos da morte de João XXIII, decidiu trazer o incidente a público.

O episódio teria acontecido em julho de 1961, quando o papa passava uma temporada na pontifícia residência de verão, em Castel Gandolfo. A noite estava fresca e João XXIII passeava pelos jardins da residência, em companhia de Cappolvilla. De repente, ambos observaram no céu um estranho objeto oval, que emanava uma luz brilhante, de coloração azul e âmbar. Depois de manter-se no ar por algum tempo, a nave pousou na relva a alguns metros de distância.

Então, um ser com forma humana e orelhas alongadas, cercado por uma aura dourada, desceu da aeronave. O papa e seu secretário, sem saber do que se tratava, mas supondo tratar-se de um fenômeno celestial, ajoelharam-se e começaram a rezar.

Passados alguns instantes, João XXIII decidiu aproximar-se da criatura e começou a conversar com ela. Loris Cappolvilla não conseguiu ouvir o que diziam nem em que idioma falavam. A conversa durou cerca de 20 minutos. Depois, o papa voltou a reunir-se com o seu secretário. O ser brilhante embarcou no veículo e a nave alçou voo e, num piscar de olhos, desapareceu no espaço.

João XIII não revelou o teor da conversa ao secretário. Disse-lhe apenas:

– Os filhos de Deus estão por toda parte, embora, às vezes, tenhamos dificuldade de reconhecer nossos próprios irmãos.

Em seguida, disse que não falaria mais sobre o assunto. De fato, João XXIII jamais revelou, nem mesmo aos seus mais fiéis colaboradores, o inusitado acontecimento.

O interessante é que, de um tempo para cá, autoridades do Vaticano passaram a comentar a probabilidade de vida humana e inteligentes extraterrestre – ainda que o assunto continue causando polêmica entre os religiosos. Uma das declarações partiu do diretor do Centro de Observações Astronômicas do Vaticano, José Gabriel Funes. Em entrevista concedida ao jornal oficial da Santa Sé, L’Osservatore Romano, Funes afirmou que não somente existe vida extraterrestre, mas que ela seria também obra de Deus.

Há notícia de que o papa João XXIII teria também recebido, dias antes de falecer, em 31 de maio 1963, a visita (a entrada fora por uma porta lateral) do astrônomo amador e polêmico contatado norte americano George Adamski, que teria sido portador de nova mensagem ao pontífice de uma entidade extraterreste, talvez a mesma do contato de Castel Gandolfo. O encontro entre Adamski e o Sumo Pontífice durara a manhã toda, a portas fechadas, nos aposentos papais.

Relembre-se que João XXIII sempre foi um personagem misterioso. Consta que teria sido um dos poucos membros da cúpula vaticana do século XX a iniciar-se, formalmente, nos mistérios da tradição esotérica. Costumava também fazer previsões, a maioria delas ligadas à natureza política e cósmica. Teria previsto o assassinato do presidente John Kennedy, dos EUA. E – curioso – a próxima comunicação do ser humano terráqueo com inteligências alienígenas…

Sobre os mistérios da humanidade e os extraterrestres, o papa teria previsto: “Rolos serão encontrados nos Açores. Falarão sobre civilizações antigas e ensinarão aos homens sobre coisas há muito passadas. Os rolos falarão sobre coisas do céu. Os sinais serão cada vez mais numerosos. As luzes do céu são vermelhas, verdes e azuis. São velozes. Alguém vem de longe e quer conhecer os homens da Terra. Reuniões já estão acontecendo. Mas quem viu realmente permanecerá em silêncio”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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