Millôr Fernandes – Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1924 – 27 de março de 2012.
A ponte entre o Méier e a Vila Alpina foi construída em letras e desenhos impressos. Houve um longo abraço de décadas depois de escancarada a porteira do gueto da ignorância. Ele continuou à frente e eu fui para trás em busca do Vão Gogo. O autodidata mais lúcido deste país sempre a surpreender pela capacidade de criar e, principalmente, se indignar com a incapacidade do ser humano. Digno até a última hora. Trabalhador braçal cuja obra é uma catedral onde devemos rezar sempre e beber os ensinamentos de um verdadeiro gênio brasileiro que nos fez rir e chorar. Como agora. Obrigado, Millôr. Zé Beto