Notas para uma biografia do generalete Pazzuelo
O currículo do general intendente Eduardo Pazuello não é daqueles que podem orgulhar alguém. Ao contrário. Foi aluno medíocre na Academia Militar, tanto que ficou entre os últimos e só lhe restou escolher a intendência. Para ele já não havia vagas na Infantaria, na Artilharia ou na Cavalaria.
Tudo bem, aos trancos e barrancos, em 1984 formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras como oficial de Intendência. Como comandante de unidade não deixou saudade e muito menos exemplo meritório. Ao contrário. Vejam este: no dia 11 de janeiro de 2005, o então tenente-coronel Eduardo Pazuello, pôs, como castigo, um soldado para puxar carroça no lugar do cavalo.
Pequeno exemplo de sua trajetória no Exército. Algoz dos subordinados, era uma bajulador dos superiores, característica que chamou a atenção de Bolsonaro quando quis um ministro subserviente.
Há mais sobre Pazuello e não é bonito. Em maio de 2020, uma reportagem da Agência Sportlight revelou que Pazuello alegou “uso não comercial” em um contrato de 13 anos feito com a Infraero e uma empresa que faturava R$ 6 mil por aluno de paraquedismo. Foi acusado de improbidade administrativa.
Em 24 de novembro de 2005, o site do Senado replicou a reportagem do Jornal do Brasil “Do quartel para o ferro-velho”. Segundo a publicação, ele “Pode ser responsável pelo maior desvio de munição da História do Exército Brasileiro”. O general gordote comandava o Depósito Central de Munição do Exército Brasileiro em Paracambi (RJ).
Nosso jornalismo investigativo ainda não levantou a história completa deste general gordinho, baixinho, sinistro e de estatura moral ao rés do chão. Mas a amostra é suficiente para entender seu caráter e sua desfaçatez ao bajular o presidente Bolsonaro, cometer charlatanismo ao receitar cloroquina e ivermectina, e mentir todo o tempo para esconder a incompetência do governo Bolsonaro, mesmo que isso signifique a morte de milhares de brasileiros todos os dias.