Continua repercutindo a lista de gastos com alimentação do presidente Jair Messias Bolsonaro, no ano de 2020, divulgada pela mídia. Não tanto pelo astronômico total de R$ 1 bilhão e oitocentos milhões, mas pelos R$ 15.641.777,49 dispendidos com leite condensado e pelos R$ 1.042.974,22 para a aquisição de… alfafa! Sim, alfafa, aquela planta da família Fabaceae, cultivada em todo o mundo como alimento para animais ruminantes.
O leite condensado é justificado pelo fato do capitão ser obstinado consumidor de pão com leite condensado durante o café da manhã. Já a alfafa não se sabe se consta da mesa presidencial no almoço ou no jantar. Pela quantidade, supõe-se que seja em ambas as ocasiões. E, apesar da surpresa inicial, faz sentido. Além de alimentar, os especialistas ensinam que a alfafa é uma planta medicinal que ajuda a melhorar o funcionamento do intestino, diminuir a retenção de líquidos e aliviar os sintomas da menopausa.
Não se sabe se o presidente tem problemas de funcionamento do intestino ou de retenção de líquidos, mas com certeza sofre com os sintomas da menopausa. Basta observar o seu comportamento, as idas e vindas e a constante irritação certamente derivada da ausência de menstruação.
Felizmente, diabético s. exª. não é, ainda que gaste R$ 12 milhões com adoçante, posto que, do sortimento alimentar, além do leite condensado, consta R$ 8.866.958,69 dedicados a bombons e R$ 2.203.681,89 a chiclete.
Vai bem, também, na azeitona (R$ 12.692.355,14), na batata frita (R$ 16.582.463,23) e nos condimentos (R$ 49.995.971,45). Mas a cereja do bolo são mesmo o sagu (R$ 2.241.859,51) e o pó para refresco (R$ 1.331.263,96).
Não se fala em feijão ou arroz, mas a mandioca se faz presente (R$ 8.601.350,02) Oito milhões e seiscentos mil de mandioca não é coisa que se despreze!
Há quem diga que há outras listas paralelas, onde são incluídos feijão, arroz, macarrão, carne, biscoitos, sorvete, geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, molho inglês, molho de pimenta, shoyo, vinho, chantilly e refrigerantes – acrescendo o valor final a um total de R$ 32 bilhões e setecentos milhões, bancados pelos cofres da União.
Explicado também está porque não sobra dinheiro para o auxílio emergencial aos miseráveis do país, inicialmente estabelecido em seis parcelas de R$ 600 e, depois, R$ 300.
Alegação/justificativa de s. exª.: “A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento tá no limite”.
A continuidade do pagamento do auxílio colocaria em risco a alfafa do presidente.