Todo dia é dia de poeta

CONSUMADO [527]
Poetas, cada um canta a seu modo
aquilo que emoção maior lhe empresta.
Comigo, um quente caldo faz a festa:
pavesa, minestrone, canja, brodo.

Legume ou cereal, qualquer e todo;

das carnes o sabor ninguém contesta;
cebola é a quintessência, mas mais esta:
o alho, a maravilha dum rapsodo!

Detalha o caldo verde a farta couve.

Se ervilha ou se lentilha não decido.
Toucinho ou Lingüicinha há quem não louve?

Depois do prato fundo repetido,
mais nada quero! Fiz o que me aprouve:
morri, ressuscitei; sofri e revido!

Clauco Mattoso, do livro

Cara e Coroa Carinho e Carão,
Travessa dos Editores

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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