Ernesto Araújo cai

Ernesto Araújo anunciou sua saída há pouco em reunião com o secretariado no Itamaraty. A demissão foi uma exigência de Jair Bolsonaro, depois da crise aberta com o Senado no fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores já estava com a corda no pescoço desde a semana passada, mas o presidente da República tentava negociar sua permanência ou uma saída honrosa.

A situação de Ernesto, porém, tornou-se insustentável depois que o próprio ministro usou o Twitter para insinuar que a senadora Kátia Abreu faria lobby pelo 5G da China.

A reação do Senado foi imediata, com ameaças ao Palácio do Planalto, pedido de impeachment do antichanceler e dezenas de críticas públicas, inclusive por parte de Rodrigo Pacheco, que tem buscado uma relação cordial com Bolsonaro.

Na conversa com seus secretários, Ernesto admitiu que “passou do ponto” ao criticar Kátia Abreu publicamente e disse que deixaria o cargo “para não causar maiores constrangimentos” ao governo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em o antagonista. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.