Leia-se!

“Queria poder parar esse sonho que não tenho certeza se é sonho ou acontece mas agora estou de novo no volante e não sei dirigir nem sei como o carro ultrapassa outros carros e não bate e em um segundo estou no palco e é o momento do solo e não sei tocar nem afinar e a guitarra está desafinada e toda a platéia com mais de mil pessoas a olhar para mim e tenho de solar e não sei nada de música e outra vez estou na direção de um carro que segue a cada instante mais veloz e acabo de ser arremessado em direção ao seu olho direito e parece que entrei dentro de você furando o seu olho direito e estou a circular na sua massa de sangue.”

Minda-Au, Marcio Renato dos Santos, Editora Record, outubro, 2010. Capa de Carolina Vaz

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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