O desembarque da aeronave ficou civilizado, gradativamente os passageiros se levantam, das primeiras poltronas para as últimas, com direito a pegar a bagagem que não coube no início lá final do avião e todos sentados, aguardando.
A fila para o embarque, continua a mesma coisa, quase ninguém respeita a distância entre os passageiros e a pessoal das aéreas finge que está tudo bem.
A Gol fazendo das suas, na hora de marcar o lugar, se realizado antes das 48 horas do check-in, o consumidor paga por isso, em assentos normais, são R$30,00, e está escrito que as poltronas são reclináveis: – what?
O check in em tempos de pandemia, é de uma hora e meia antes do voo, isso é para acabar, principalmente nos primeiros horários, mas na prática, nada mudou.
Mesmo não podendo, aeronaves sobrevoam as cinco da manhã a cidade, com aquele olhar blasé, de quem acordou mais cedo.
Notícias boas: pelo boletim do consumidor.gov.br., as aéreas brasileiras apresentaram melhor desempenho nos indicadores do segundo trimestre de 2021.
A cada 100 passageiros transportados; a Azul teve 63,2 reclamações (de 4,4 mi. transportados); a Latam 177 (de 3,1 mi transportados) e a Gol 241,7 (de 2,9 mi. transportados). Resumo disso, a Gol transporta 65% menos que a Azul e tem 382,4% mais reclamações.
Quanto ao índice de satisfação dos passageiros: da Azul foi de 4,2; da Gol 3,8 e da Latam 2,9. O prazo médio para a resposta ao consumidor: da Gol é 1,9 dias; da Azul 4,2 e da Latam 5,9.
O índice de solução dos problemas no período foi o seguinte: da Azul 91,9%; da Gol 83,3% e da Latam 73,3%. A Azul demora um pouco mais que a Gol para resolver as demandas dos consumidores, mas resolve mais e tem bem menos reclamações.
Entre as empresas estrangeiras que mais transportaram passageiros no período, os dados também foram positivos, houve a redução do índice de reclamação em 86,07%, com aumento da resolutividade em 6,89%, e o de satisfação em 11,10%. Contudo, o tempo médio de resposta aumentou em 6,83%, com média 8,67 dias.
A privatização dos aeroportos fez surgir a receita do ISS para os municípios que possuem aeroportos. São José dos Pinhais faturando, mesmo com o seu aeroporto sendo de Curitiba. Quem já não escutou: “Senhores passageiros, em breve pousaremos no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba.”
E segue o baile, a ANAC representando, muito bem, os interesses das aéreas.