Não fosse profundamente triste e sinistro, eu diria que o nosso país, sob a batuta do psicopata do Planalto Central, é pândego, insensato e está à deriva.
Em busca da reeleição, cada vez mais distante, o infeliz que habita o Alvorada dilapida o erário para conceder vantagens e benefícios a granel, para desespero do outrora iluminado “posto Ipiranga”. Apoderou-se dos precatórios devidos judicialmente ao gentio e sob custódia da União, para suprir o déficit do governo. Mas pretende usá-lo também para os já anunciados auxílio aos caminhoneiros, vale-gás de cozinha para a população de baixa renda, Auxílio Brasil e até para um reajuste de salários dos servidores públicos federais. É ou não é coisa de doido irresponsável?! Sobretudo porque a tal PEC dos Precatórios, se passar no Senado, cai no Supremo Tribunal Federal.
Dias atrás, Jair esteve em Dubai, nos Emirados Árabes, no outro lado do mundo, para uma visitinha de uma semana a três ou quatro países. Hospedou-se no hotel Habtoor Palace, um cinco estrelas, com diárias que chegam a R$ 85 mil. Disse-se que as diárias de Bolsonaro e comitiva, de R$ 46 mil, foram pagas pelo governo local. Teriam sido?!
O Messias fez-se acompanhar da primeira dama Michelle, dos ministros da Economia, do Gabinete de Segurança Institucional, da Defesa e das Relações Exteriores, além de secretários. Ah, sim, acompanharam-no ainda o deputado federal Hélio Lopes, o ex-senador Magno Malta e o vereador mineiro Nikolas Ferreira. E mais, para surpresa geral, seguiu junto o desembargador Marcelo Buhatem, presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes).
O que foi fazer Bolsonaro em Dubai, Abu Dhabi, Bahrein e parece que também no Catar? Talvez vistoriar as sedes da futura Copa do Mundo. Por conta do erário brasileiro, é claro.
Como se isso não bastasse, o ínclito ministro Gilmar Mendes, que, além de membro da Suprema Corte do país, é dono do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), resolveu promover o IX Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, com a presença de ministros do Executivo brasileiro, entre eles Flávia Arruda, da Secretaria de Governo de Bolsonaro; do TCU, de executivos de agências reguladoras, congressistas, entre os quais Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e respectivos cônjuges; advogados com atuação no STF, além de servidores. Pelo menos 25 autoridades tiveram as suas despesas bancadas pelos cofres públicos do Brasil. Além dos custos com passagens, diárias de cerca de R$ 2.400 e seguros, que ultrapassaram R$ 500 mil, foi usado um avião das Forças Armadas do Brasil.
Algumas autoridades bancadas com recursos públicos participaram do evento como palestrantes, outras como meros observadores, como foi o caso do ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, que consumiu R$ 9.400 em passagens e R$ 17 mil em diárias. Lá estiveram também o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a diretora-presente da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), a presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), a diretora-executiva do órgão, o senador Angelo Coronel, e a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, entre outros. Um trenzaço da alegria para ninguém botar defeito.
Nada como um governo impoluto e cioso com o dinheiro público e um Judiciário consciente de suas responsabilidades…
Não é de chorar, colega contribuinte?!