ORIOVISTO GUIMARÃES, o senador oculto* do Paraná, passou a bloquear mensagens de crítica depois que desassinou a CPI do MEC. Desassinar, homófona de assassinar, vai muito além do retirar a assinatura, essa falha no caráter dos políticos, que fazem uma coisa e a desfazem logo em seguida. (Queria escrever falta de caráter, mas o senador é bilionário e pode meter processo para defender sua honra.) Nosso senador acreditou naquela história de que entrar no Senado seria chegar ao céu sem precisar morrer.
O professor de geometria não herdou sequer o bafo do genial Arquimedes. Adquiriu um mandato (queria escrever comprou, mas bilionário, etc) achando que continuaria no pódio do cursinho a embasbacar adolescentes. O senador não precisou morrer para chegar ao inferno. Não queria críticas, só esperava aplausos, bocas abertas e atônitas de adolescentes. Pensou que continuaria a corrigir testes de múltipla escolha. Acabou testado – e detestado. O celebrado Oriovisto decidiu ser Orioscondido.
(*Perdão, um dos, porque são três.)