Passados 134 anos da Abolição da Escravatura no Brasil, ainda convivemos com o preconceito e o apartheid social em nosso país.
A pobreza, o desemprego e a miséria são efeitos das políticas neoliberais que pregam o cada um por si e o “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Resultado da falta de políticas sociais de distribuição de renda, de bancos ganhando trilhões do governo e captando bilhões da população, cada vez mais endividada e negativada.
No Brasil de Bolsonaro e aliados, tornou-se um desafio professar uma religião diferente da do poder, como a Umbanda, o Candomblé, o Espiritismo, o Catolicismo, o Judaísmo ou o Islamismo.
Estamos num governo que possui “religião oficial”, que indica Ministros para o Supremo Tribunal Federal com determinado credo religioso, que lança tentáculos em todas as esferas do poder, em busca de apoio e votos.
O Centrão, esse monstro político, é o grande fiador de tudo isso, que afunda a economia e os indicadores sociais no Brasil.
Os grotões negacionistas dizem que não há preconceito no país, que é tudo “mimimi”, e que a vida é assim mesmo.
Cresceram, vertiginosamente, os índices de violência doméstica, violência contra os idosos, o preconceito contra os negros, a intolerância religiosa, e aumentou, sensivelmente, a população de miseráveis no país.
O Brasil reingressou no mapa da fome, com 70 milhões em estado de precariedade alimentar.
Erradicar a miséria é fundamento da Constituição, mas muito pouca gente dá bola para isso. A renda mínima pode resolver isso, mas não é discutida e nem está na agenda governamental.
A escravidão continua, com outra roupagem, atualizada, e presente de forma estrutural.
No Brasil, o lucro dos quatro grandes bancos cresceu 13,6%, não há crise para quem faturou 24,76 bilhões, apenas no primeiro trimestre de 2022 (Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil).
Debater o 13 de maio significa ouvir a voz e perceber os invisíveis, que são a grande maioria no Brasil.