China de bolicho

O bolsonarismo vampiriza o Paraná, que se entrega como as noivas de Drácula. Começou o governo do Estado, na simbiose entre Ratinho e Bolsonaro, um a sugar o outro. O Paraná fascistoide elegeu Moro/Dallagnol, os caminhoneiros bloquearam estradas – sem um pio de crítica por parte dos dois paladinos utilitários da Moral. Agora, como um chupa-cabra insaciável, o Paraná entrega o secretário da Educação para chefiar a educação paulista.

O bolsonarismo high-tech do governador Tarcísio de Freitas irá incorporar as escolas cívico-militares (ato falho, já que pela Constituição todo cidadão é um militar em potencial) e as parcerias público privadas (não seria impudico privadas?) na Educação? O que vai sobrar de nosso governo, meu Deus, agora sem o sorriso eucalol de Renato Feder? Os paulistas ainda nos tomam Beto Preto! Podiam levar Rafael Greca, mais oferecido que china de bolicho, como diziam os gaúchos antes do governador gay.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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