Não sou comentarista esportivo nem tenho a pretensão de entender de futebol. Mas gosto do esporte e enxergo o que vejo. Por isso, sinto-me em condições de afirmar que não foi a seleção brasileira de futebol a derrotada, na sexta-feira, na Copa do Mundo do Catar. Foi o técnico Adenor Bacchi, vulgo Tite. Teimoso e petulante – alardeava humildade, mas era arrogante e refém de certos atletas, como Neymar, Gabriel Jesus e Daniel Alves, além de revelar-se mal-educado, quando deixou o campo após a derrota, sem uma palavra de conforto aos jogadores –, convocou mal e substituiu pior ainda no jogo contra a Croácia.
Fez questão de levar, entre os atletas convocados, apesar da grita geral, o lateral Daniel Alves, um ex-jogador em semiatividade, e o centroavante Gabriel Jesus, que de centroavante tem apenas o nome, não faz gols e é reserva em sua equipe de origem. Em compensação, esqueceu de chamar Scarpa, o melhor jogador do último campeonato brasileiro. Por que? Talvez por Scarpa não fazer parte da tchurma, como o cara de choro Jesus. Daniel Alves, para Tite, é mais do que um simples jogador. “É um articulador” – justificou. Só para a seleção de Tite um “articulador” é convocado. E para não jogar.
Tostão, um dos craques do selecionado brasileiro de 1970, acha que o Brasil perdeu porque “não tem, há décadas, um craque meio-campista, que atua de uma intermediária à outra”. Scarpa não fazia isso no Palmeiras? Não obstante, foi ignorado por Tite e pelos gênios da comissão técnica da CBF.
E as substituições feitas no jogo de sexta? Um desastre, para dizer o mínimo, com exceção da saída de Rafinha, que não fazia nada. Quem era o pior jogador da seleção nacional em campo? Vamos, digam com sinceridade. Na minha opinião, Neymar. O novado Rodrygo foi chamado. Viva! Oficialmente, ele é o substituto de Neymar. Mas entrou no lugar de Vinícius Jr.!!! Primeiro, Rodrygo não é ponta e tirar do jogo logo Vini Jr., a atual grande esperança do selecionado, logo no início do segundo tempo, com todo o respeito…!
Neymar fez um belo gol na prorrogação. Mas por que não jogou assim desde o início da partida? Ora, porque é pretencioso e manhoso como o chefe, e só joga quando quer. No final, chorou. Lágrimas estilo capitão Jair, seu ídolo.
E a defesa brasileira? Não se jactava de ser a melhor defesa da atual Copa do Mundo? Mas não foi a defesa brasileira que permitiu a derrota para Camarões e o gol de empate da Croácia menos de cinco minutos antes do término da prorrogação?!
E a escalação dos cobradores de pênaltis? É elementar no futebol que os primeiros a cobrar são os melhores do time, os mais experientes, para dar embalo à disputa. Quem Tite escalou para a primeira cobrança? O estreante Rodrygo, 21 anos, recém chegado na equipe, com grande futuro pela frente, mas ainda verde em certames como a Copa. Deu no que deu.
A verdade é que a Seleção Brasileira de Futebol era grande demais para o caminhãozinho do gaúcho Tite. Ele teve todas as condições que precisava, convocou a comissão técnica e o selecionado que quis. Submeteu-se às regras e condições da CBF (Confederação Bandida de Futebol, como a identificou o jornalista Juca Kfoury), não lhe faltaram recursos, aperfeiçoou a fatiota pessoal, recebeu o quarto maior salário de treinadores do mundo (3,6 milhões de euros por ano, equivalente a R$ 19,7 milhões, ou seja, pouco mais de R$ 1,6 milhões por mês). Mas fracassou. E lá se foi a Era Tite. Como foi a Era Bolsonaro e, oxalá!, também a Era Neymar.
Agora, para o hexa, a contar de hoje, faltam apenas 1.297 dias, como avisou o nosso Zé Beto.
Pra frente, Brasil!!!
P.S. – E tem uns infelizes que comparam Neymar a Messi! Não há termos de comparação. O argentino surra o brasileiro de cinta.