“Os combatentes da corrupção adoram dinheiro“, disse o ministro Gilmar Mendes sobre o senador ex-juiz Sérgio Moro, que rebateu “as mentiras e ofensas pessoais absolutamente desarrazoadas“. Não me aventuro a discordar de Gilmar, que mesmo quando não tem razão continua a ofender (e depois oferece jantar em casa para limpar a barra, como fez depois de ofender o ministro Ricardo Lewandowski em sessão do STF).
Queria aqui, ainda que uma vez, defender Moro. Queria, mas ele não ajuda, até piora. Razão simples, não sobre isso de “combatentes da corrupção” e pelo “adoram dinheiro”. Motivo simples: o Insulto também combate a corrupção e, se não adora, pelo menos não desdenha o dinheiro. Mas não dá para defender Moro, nem pela batalha desigual e já perdida com Gilmar, porque o senador não ajuda, é o maior inimigo de si mesmo.
Não consigo perdoar Sérgio Moro pelo que faz com a lógica elementar e a gramática escolar (nas origens a mesma coisa, uma criatura da outra). Relembro o vídeo acima, em que ele dá ao objeto a função de sujeito da oração. Isso é pior que ser corrupto, seja como senador, seja como juiz. Não dá, o professor-doutor da UFPR escorrega na contradição e no absurdo lógicos, inadmissíveis em professor-doutor da UFPR, como o senador.
Aquilo de “mentiras e ofensas pessoais absolutamente desarrazoadas”. O senador queria dizer, como bom juiz, mentiras razoáveis, ou seja, tendo fundo de verdade, mas recorreu ao bolodório judiciário do desarrazoadas, que ainda que válido, vale como sem provas. Portanto, Moro disse que as mentiras não traziam provas. A juíza Gabriela Hardt teria indeferido embargos de declaração contra este atentado de Moro.
Moro sempre repudia veementemente as ofensas pessoais absolutamente desarrazoadas. Se as mentiras e ofensas pessoais fossem relativamente desarrazoadas, Moro as aceitaria?