Se chegou a hora do sexo, respeite seus limites e se prepare

Não há nada de errado em ir com calma; você está numa fase de transição e experimentação, não é para se exigir demais

Sexo: pode? Não pode? Quando pode?

Perguntas interessantes para qualquer momento da vida, especialmente para o universo jovem na fase de iniciação sexual: posso ou não fazer sexo? E quando posso?

Vamos responder por partes. A primeira delas: a questão dos limites.

Costumo dizer que no mundo adulto vale tudo na cama, desde que cada pessoa respeite os próprios limites e os de quem está ao lado. Essa dica do respeito aos limites vale também para o mundo jovem. O que não vale é topar tudo no sexo, como se já fosse uma pessoa adulta. E explico os motivos para essa ressalva.

Quando estamos na adolescência, vivemos uma fase de transição entre a infância e a pré-adolescência para a etapa adulta. Nessa fase, é típico vivermos novas experiências, mas elas precisam ocorrer em doses moderadas para que não deixem um saldo negativo.

O que isso significa? Pegar leve. Em tudo, especialmente no sexo. Não ir além dos seus limites, não se forçar a nada, não seguir a cabeça dos outros ou do grupo, respeitar o seu próprio tempo, sem se cobrar demais. Não há nada de errado em ir com calma. Lembre: você está numa fase de transição. De experimentação. Não é para se exigir demais.

Faz sentido isso que estou falando? Talvez sim, talvez não. De qualquer forma, o importante é você fazer uso do seu direito de dizer não. Se não quer se lançar a uma prática, não se lance. Se não quer viver algo, não viva aquilo que incomoda. Resumindo: respeite seus limites.

E quando você pode ficar à vontade para fazer sexo? Justamente quando se sentir confortável para dividir esse momento tão íntimo com alguém.

Se ainda rola muito medo e indecisão, vale esperar um pouco mais. Se ainda não encontrou alguém especial, também vale esperar. O corpo da gente é o nosso templo, precisa ser bem cuidado e respeitado. Não vale a pena sair fazendo qualquer coisa com quem não seja, de fato, especial para você.

Além de estar confortável para trocar momentos de carícias tão íntimas com alguém, é preciso também se sentir ok para lidar com as IST (infecções sexualmente transmissíveis) e, se for um relacionamento heterossexual, a gravidez fora de hora.

Vamos falar mais detalhadamente sobre esses temas em outras colunas, mas por agora o importante a levar em conta é:

1. Sim, é preciso usar camisinha em todas as práticas que envolvam contato de órgãos genitais (pênis, vagina, ânus) e também no sexo oral. E desde a primeira transa. Ou seja, desde a iniciação sexual;

2. Sim, é preciso evitar a gravidez fora de hora desde a primeira transa, e o melhor para isso é usar a camisinha aliada a outro método anticoncepcional, como a pílula. Mas, nesse caso, a mocinha terá de ir a um médico ou médica ginecologista antes da primeira transa, pra escolher no consultório o método para evitar a gravidez que seja o mais indicado para ela.

Enfim, essas são ideias que talvez sejam úteis para quem está na fase de se perguntar sobre sexo, o que pode, o que não pode, e quando pode. Mas a gente tem muito mais a conversar. Convido, então, a fazer esse bate-papo por aqui.

Mande suas dúvidas e sugestões para folhateen@grupofolha.com.br. Elas serão ouro puro pra nossa coluna.

Até a próxima!

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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