Ruim para o MST

Não é otimista a previsão que parlamentares de esquerda deram a integrantes do MST sobre a CPI que investiga o movimento. Admitem que a desvantagem numérica na comissão vai resultar em uma devassa contra as ações dos sem-terra.

Um tática tem sido tentar postergar as diligências que os deputados que compõem a comissão pedem. A bancada de esquerda não tem votos suficientes – e nem força – para negociar quais visitas devem ser priorizadas. Há o temor de que a CPI seja estendida por mais 120 dias, totalizando oito meses de desgaste para o movimento.

Os deputados e o MST dizem que elegeram o relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), como o inimigo número 1. Afirmam que há diálogo até com o presidente do colegiado, Coronel Zucco (Republicanos-RS), mas não com o ex-ministro do Meio Ambiente – que queria fazer da CPI um palco para alavancar a sua candidatura à prefeitura de São Paulo.

Em desvantagem, o movimento cobrou do governo uma atuação maior junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – que, como mostrou o Bastidor, também tem exercido a sua influência na CPI.

O argumento é que as investigações não devem parar no movimento e podem chegar ao governo federal. Por enquanto, o Palácio do Planalto não interferiu.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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