Sophia Kleiherne, zagueira da seleção alemã, criticou Neymar pelo cai-cai, de todos conhecido, a manha que desabona o atleta. Cobraram dela, disseram que os brasileiros não gostaram. Sophia nem aí, disse que não se arrepende nem tem que desdizer a verdade. Quem critica não conhece os alemães. Como tenho um pedaço de família alemã, não me aventuro a defender Sophia, porque alemão nenhum precisa de defesa. Limito-me a justificar, um fato simples: alemão é sincero, diz tudo na lata, na língua dura que fala.
Aprendi com a nora alemã, mulher belíssima, poderosa, mas sem sutilezas e meias palavras. Quando a conheci, ela me levou à KDW, loja de Berlim, onde comprei um par de sapatos. Ofereci presentear-lhe um par, tanto pela gentileza, quanto pela obsessão por sapatos e pés femininos (ela calça 40, número sensual e tem pés deslumbrantes). Ela recusou, não ofendida, mas surpresa: “Por que é que você tem que me pagar sapatos?” Aprendi a lição, quase vinte anos atrás e hoje não pago nem cafezinho para a amantíssima nora, mãe dos três netos.
Annika nunca jogou futebol, mas daria uma excelente zagueira.