A descomunhão evangélica

Os evangélicos da bancada PL estão irritados com seus colegas evangélicos do PSD e do Republicanos, a quem acusam de ter se aproveitado da onda bolsonarista e, agora, ceder às “tentações diabólicas”. O diabo, no caso, é Lula.

Um dos principais alvo da maledicência evangélica do PL é o deputado Silas Câmara (REP-AM), eleito coordenador da Frente Evangélica.

No culto de sua posse estavam presentes três ministros de Lula: Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Márcio França (Portos e Aeroportos).

Os evangélicos do PL acham que está claro que o Republicanos nem se estabeleceu no governo e já se rendeu a Baal, um deus inimigo do Deus israelense.

O irônico é que o culto de posse se chamava a Santa Ceia de Fé, que basicamente expressa a comunhão entre os irmãos. Mas se tornou, por conta da presença do governo e da aproximação de seus membros, motivo de dissensão. Foi comparado à Santa Ceia, quando se juntaram os discípulos e o traidor de Jesus Cristo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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