Principal articulador para a entrada do PP no governo, Arthur Lira (PP-AL) está incomodado com o fato de o lançamento do PAC ocorrer antes da definição do ministério que seu partido irá ocupar no governo e em que configuração.
O presidente da Câmara teme que, ao chegar ao governo, o futuro ministro do PP encontre as prioridades do PAC já fechadas e engessadas. Ele deve cobrar da articulação de Lula que as ações do programa de obras não estejam todas fechadas para este ano.
Um dos objetivos de o PP, ao entrar no governo, é ajudar a legenda na ponta, com ações que impactem diretamente o eleitor, principalmente num ano pré-eleitoral. O PAC é o tipo de programa que afeta diretamente o dia a dia das cidades.
Ao entrar no governo, Lira quer que seu futuro indicado —o deputado André Fufuca (PP-MA)é o mais cotado— possa influenciar as decisões de investimentos de sua pasta.
Lula vai lançar o novo PAC na sexta (11) no Rio de Janeiro, com agenda programada com o prefeito Eduardo Paes (PSD), que concorrerá à reeleição.
O presidente, porém, pretende só retomar a análise de onde vai acomodar os aliados na próxima semana, na volta a Brasília.