A resistência de Lula em entregar o comando do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) ao PP tem um motivo, segundo uma liderança petista: Arthur Lira (PP-AL).
Isso porque o presidente da Câmara, que deixa o posto em 2025, e vai querer assumir o ministério responsável pelo Bolsa Família no lugar de André Fufuca (PP-MA) – que, se confirmado no comando da pasta, somente guardaria a vaga para o correligionário, segundo interpretação de uma liderança petista.
Com o MDS, uma das pastas de maior orçamento, Lira se cacifaria para disputar o Senado em 2026 contra Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do governo e adversário do presidente da Câmara. No pleito, duas vagas ao Senado estarão em disputa.
Mas Lira também turbinaria a campanha do senador Ciro Nogueira, presidente do PP, e adversário do PT no Piauí. É justamente o adversário de Ciro, o ex-governador do estado, Wellington Dias, que comanda o MDS.
Há semanas é aguardada a reforma ministerial para a entrada do PP de Lira e do Republicanos. Os nomes já foram definidos: além de Fufuca, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) também assumirá uma pasta.
Nas conversas com Lira, Lula tenta preservar do MDS e chegou a oferecer Ciência e Tecnologia para o PP, além do comando da Caixa Econômica Federal e algumas vice-presidências. Apesar da resistência, o PP insiste em comandar a pasta.
Para o Republicanos, as possibilidades vão do Ministério dos Esportes a Portos e Aeroportos.