Aliados de Arthur Lira (PP-AL) preparam um movimento de frentes parlamentares na Câmara e de lobbies de interesses variados, para pressionar internamente o Congresso a avançar com a PEC de reforma administrativa.
Segundo parlamentares envolvidos na mobilização, a proposta de emenda à Constituição está praticamente pronta. Prevê a manutenção da estabilidade no emprego para os servidores públicos, a possibilidade de reduzir salário e carga horária se houver uma crise fiscal e a possibilidade de demissão mediante avaliação de desempenho.
Não é uma medida prioritária para o governo Lula, longe disso; nem é um assunto que o presidente gostaria que fosse tratado pelo Congresso durante o seu mandato. Como o Bastidor informou, na articulação política o tema é visto como uma tentativa de emparedar o governo.
Parte dos ministros petistas é contra qualquer debate. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) já disse que não é mexendo no funcionalismo que vai ajudar o Estado a gastar menos ou a arrecadar mais. Há, porém, quem ache que o governo precisa participar das discussões.