Mesmo com a resistência do governo e do PT, a sonhada reforma administrativa defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encontra eco na base de sustentação de Lula.
Lideranças de partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil – que juntos somam 9 ministérios no governo – avaliam que as medidas econômicas aprovadas até o momento ainda não são suficientes.
A avaliação é que iniciar a discussão sobre a reforma administrativa, em uma tentativa de mostrar à sociedade a intenção do governo de cortar gastos, facilitaria o debate sobre a taxação dos super-ricos e dos fundos exclusivos, a nova meta do Palácio do Planalto.
Há resistência em partidos da base em analisar projetos que aumentem a carga tributária. Já há um movimento no Congresso para criar uma espécie de teto constitucional para o volume de impostos a ser pago.
A proposta faria com que o governo precisasse aprovar Propostas de Emenda à Constituição toda vez que quisesse aumentar gastos por meio de aumento de impostos.
Depois das sinalizações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou o início das conversas para tratar da reforma administrativa. Antes, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) chegou a dizer que a reforma destrói o serviço público.