Lula vomitou grosseira e tosca metáfora de futebol sobre a demissão de Ana Moser e a nomeação de Fufuca para o ministério do Esporte. Foi desrespeitoso com a atleta que ao aceitar ser ministra honrou-o com a credibilidade que um Lula fragilizado precisava após derrotar Jair Bolsonaro (a pequena diferença de votos e a não eleição de uma bancada ou coligação musculosa dizem muito). Com a cada vez mais cínica e fria falta de noção, não deixou barato para o novo ministro, retratado pelo presidente como mero peão no tabuleiro coalizão da picaretagem.
O mínimo que se pode dizer de mais este palpite infeliz de Lula é que o presidente supera-se na arrogância dos vaidosos que consideram seu sucesso um atestado liberatório para a ignorância, sua língua a resvalar no cacoete autossuficiente de ditador ditador cucaracha que revelou ao sugerir que as decisões do STF sejam secretas. Ao sair, ofendida e humilhada, a ex-ministra mostrou superioridade e elegância ao nada dizer sobre o comportamento do presidente. A metamorfose ambulante transforma-se em barata maquiavélica.